SOBRE O MÉTODO II

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Não, absolutamente não sou contra o método. Na verdade é o oposto, eu amo o método que me aponta caminhos mais planos e diversos. Mas, porque amo música, nem assim sei cantar. Não me dou muito com os muito metódicos, talvez, pela minha natureza caótica. Se bem, que meu caos tem lá a sua ordem. Mas qualquer ordem, por mínima que seja, denuncia o meu caos. Às vezes confundo método com rotina, porque eu também amo a rotina. Há os que tem pavor, eu não, eu a celebro, pois com ela sinto-me segura. Segura e feliz, principalmente quando bem estabelecida e produtiva. Essa palavra produção é meio que uma compulsão na minha vida. Não que eu seja muito produtiva, mas é que ela ecoa forte até quando não sou nada produtiva. Conheço pessoas metódicas pouco produtivas.
Tenho minha rotina, e nela incluo minha prece diária. Contudo, sempre procuro ter o plano B engatilhado, caso a rotina não se cumpra, o que me frustra bastante, e irremediavelmente, lança o meu dia a reveria.
Assim concluo que, talvez o meu caos esteja mais ligado as minhas gavetas, cacarecos e minha bolsa, meu Deus! minha bolsa... Por falar em bagunça, acho que essa é a palavra mais honesta, lembrei-me de uma situação de morte, em que se procurava os documentos necessários ao sepultamento, ouvi um comentário: puxa fulana era muito desorganizada! Meu pai Eterno, fiquei chocada! Agora sempre me preocupo com a minha forma badernada de ser. Mas continuando, sei que tenho uma ordem interna bem estabelecida. Sinto isto, em momentos de crise. Parece que consigo ser mais tolerante e razoável diante de questões difíceis, que outras pessoas. Parece também, que por ter contato com o caos, consigo apegar-me a menor possibilidade de ordem, assim tenho esperança. Embora com pouco método, a minha rotina possível dentro do caos me orienta.
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Um comentário:

André Miranda disse...

Legal seu blog estou te seguindo.

Olhe o meu! se gostar me siga.

http://escritosimorais.blogspot.com