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Sentada à mesa da refeição matinal, grata, retiro com delicadeza e destreza as sementes pequeninas, negras, resguardadas na liquidez embrionária madura, para não lhe ferir a nobre polpa, para que nada se perca do sabor e maciez do meu mamão papaia.
Alaranjada fruta no tom saúde, saúda o meu dia, folha em branco disponível. Na verdade conto com ela com muita fibra, espero que anti oxide naturalmente minha história e ajude na faxina das sobras. Em seu teor adocicado, apetência e suculência me convidam. Vou o extraindo. Acrescentando-me. Absorta o absorvo, em colheradas sobremesa.
Iguaria acessível da multiforme natureza, que com generosidade me serve e sacia na minha manhã vazia, o paladar da boca prateada, salivada e presenteada com uma porção de bênção em forma de flor e fruta. Por um momento, apenas o saboreio... enterneço e esqueço, da vida com sua lida bruta e novamente agradeço pelo dia, pela vida, pela alegria, pelo alimento e principalmente, pelo meu mamão papaia saboroso, já sem caroços.
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