SOB CONTROLE III

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E por falar em nostalgia, e ainda falando do meu querido controle remoto, hoje esbarrei a mão e sem querer fui parar na MTV, e estranho... não havia nenhuma diva louca, seminua ou alcoolizada ou seminua e alcoolizada. Estava cantando um negro que até então eu não conhecia e agora não recordo o nome, depois vou ver, com uma voz belíssima e fazendo um som incrível. Fiquei tão feliz cá dentro e curti aquela música como o pessoal da platéia estava curtindo, assim como um momento muito especial. Acho que não só eu me apeguei ao controle. Ele também se apegou a mim. É desta forma que explico que na verdade não fui eu quem esbarrou nele, foi ele quem deliberadamente apontou o norte e quis dar-me esse presente em forma de música. Acredito que foi essa mesma música que desencadeou em mim uma nostalgia meio fujona. Tive uma vontade boba de estar em um shopping... qualquer um... Não, talvez o Park Shoping não fosse uma boa opção. Quem sabe o Terraço, que é tão mais tranquilo. Lá eu gostaria de assentar-me calmamente em um café que fica próximo à praça central, onde os pais levam as crianças pra brincar. Então, pediria um refrigerante tipo cola com limão e leria com imensa ternura alguma coisa do Neruda. Assim, me sentiria um pouco participante de um tempo e um mundo que há muito não tenho mais. E nessa minha visão, minha vida estaria de tal forma bem organizada, que eu não precisaria ficar aflita olhando para o relógio e correndo com tantas coisas ainda por fazer. E não me perdoaria sair sem comprar um Coldplay. Eu sei que é bem atual, mas é que me recorda uma saudade feliz de muita coisa que ainda não fiz, mas sonho muito em fazer.

Mas por fim, talvez tudo isso seja mesmo só reflexo de uma semana que foi pedreira: o Generson fez uma pequena cirurgia, o Dan fez sinusite, a Louise otite e a Camile rinite. Eu quase fiz enfermagem. Mas graças a Deus está tudo bem. Amém.



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Um comentário:

silvia cristina disse...

ai amei o blog, muito obigada pela força