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Hoje eu preguei pra mim mesma e levantei a mão e me converti. 
Emaranhada em questionamentos e pressões, eu quis a minha redenção. Mas senti vergonha por querer o socorro só pra mim. Então, eu quis redimir  o mundo das suas dores, eu quis a sua salvação. Eu quis salvar o mundo. 
Eu quis salvar da fome dando comida, quis salvar da ignorância oferecendo educação, eu quis salvar das doenças ofertando cura, quis salvar da maldade, eu quis salvar da malicia, quis salvar da avareza, eu quis salvar da esperteza, quis salvar da violência, quis salvar da amargura, eu quis salvar da falta, quis salvar dos excessos, eu quis salvar...  
E busquei ideias, ideais, pensamentos. Eu fui aos quatro cantos da terra, eu quis a sabedoria dos grandes, quis a filosofia dos mestres, eu busquei nos mistérios do mundo, rastejei buscando um elo, uma luz, perambulei por eras.
Me vi perplexa. Vi que havia sim, soluções para grande parte dos problemas, mas nenhuma salvadora, libertadora, perpétua. Aí eu compreendi, eu calei. Eu me rendi.
Eu não posso salvar o mundo, eu sequer suporto essa carga do desejo que sinto da sua redenção. Eu sequer salvo a mim mesma! É isso. Se eu salvar o homem de todas as suas mazelas, ainda terei que salva-lo de si próprio. Meu Deus, eu que nem salvo a mim mesma.
Aí me converti e chorei e sorri. Meu DEUS, eu preciso da solução que Tu és. Amém. 
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