BLA BLA BLÁ IV

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Ai que tenho um defeito esquisito, por ser defeito já se explica o esquisito, mas assim deixo para enfatizar. Eu sei que todo mundo tem defeitos, a perfeição é uma busca. Poucos a alcançam em algum momento da vida. Acho que é aí que se fazem os gênios, os santos.
Sou apaixonada pelo que é bem feito, perfeito, admiradora eterna de todos que ao menos em uma área da vida o experimentaram. Não estou falando da perfeição como a de Deus. Essa, por certo não se alcança. Mas falo da perfeição de um caminho correto, de escolhas certas. Do belo da arte, da maravilha de uma música clássica, e da ternura de uma bela canção de amor. A salvação da descoberta de uma vacina, do milagre cotidiano de um sorriso amigo. Amo a perfeição das metas alcançadas. Das boas metas, objetivos cumpridos. Por exemplo, as formaturas, isso para mim é o evento de uma vida, e não me lembro de ter participado de alguma sem que estivesse em lágrimas. Vejo nestes momentos, o resultado de um sonho, que não é como nos contos de fadas, mas sim alcançado com suor e lágrimas e cansaço e dedicação. É o encerramento de um ciclo maravilhoso da vida e acima de tudo, a largada para um futuro a ser construído e ainda a vontade de fazer diferença no mundo.
Mas voltando ao ponto de início, meu defeito que aqui compartilho e caso alguém sofra de tal mal, saiba que tem um semelhante sobre a face da terra.
Repare que investigando esse mal, em algum momento acreditei eu tratar-se de algum complexo, pois já de início preciso ficar atenta para que não se manifeste. Mas em outras avaliações, diagnostiquei como um lapso de contexto, mas não encontrei estudos que fundamentassem minhas suspeitas. Pensei até mesmo em barreiras psicossomáticas de relacionamentos... ham? quê ???. Enfim, fui percebendo aos poucos, que trata-se mesmo é de excesso de sinceridade e quando vejo o estrago já foi feito. Mas desde já adianto, nada premeditado, é espontaneidade demais e acrescento, à medida que avança a idade, o problema se agrava. Vejam que esses dias, falei para um poeta que eu não entendo nada de poesia. Acho que foi só insegurança. Claro que ele nunca mais puxou assunto comigo. Contei pra uma amiga um barraco que aprontei na rua, aí ela tomou doriu. Falei pra um rapaz que ele tava com caca no nariz. Ele saiu correndo e nunca mais voltou, quer dizer, nunca mais voltou ao normal. Claro que aqui digo apenas as coisas bobas, porque as sérias... Sobre as coisas sérias ainda não escrevo. Mas creiam-me sou do bem, só às vezes é que não me saiu tão bem assim.
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