Sobre amar e cuidar


Andei a constatar como quem desperta assustada, o que o dia a dia confirma em seu redemoinho de repetições. É que deixamos passar por entre atos apressados o importante que nos escapa em tarefas intermináveis. 
E pensar que nada disso é eterno, nada disso tem o peso de eternidade. Mas não trato aqui da eternidade dos tempos ou a eternidade da alma, mas sobre a eternidade que há nas boas memórias de infância que carregamos com leveza e doce saudades por entre os anos e caminhos da nossa existência. Eu tenho tantas...
Estava pensando que preciso proporcionar mais dessas memórias para as minhas crianças, que já nem são tão crianças assim, mas memória materna é assim mesmo: guarda essa referência impossível de ignorar... Então sei que minhas crianças almejam, por mais tempo, mais afeto, mais histórias e lembranças feitas de momentos e sentimentos ternos pra rabiscar nas paredes da memória e guardar bem agasalhadas em um cantinho do coração.
Mara disse e cri desesperada: filhos precisam de mães felizes. Eu sou; mas esqueci um pouco e esse pouco fez ausência  na vida das minhas crias. Aí tenho que reaprender ser feliz e mansa e temperada.  E como tem sido difícil. Mas essa causa é tão nobre, é sobre meus filhos, é sobre quem sou,  é sobre a minha missão.
Então vou abrindo clareiras em uma rotina densa buscando construir pontes, restaurar caminhos, replantar canteiros, resgatar carinhos e reaprender ouvir. Devo aprender a ficar quieta, só sendo mãe. Acho que isso pode gerar boas lembranças.

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Oração: Pai de Amor, que eu seja a referência que meus filhos precisam e que essa referência aponte para Cristo e o seu caráter perfeito. Em nome de Jesus. Amém.

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