Tenho uma visão e gosto de lhe dar asas e deixo que se alargue e voe até que um dia retorne me trazendo um raminho de oliveira. 
Vejo que faltou-me clareza sobre alguns dos meus sonhos, aqueles mais pessoais os quais você persegue com todo o seu ser, sabe? Mas nessa visão eu recolho do mundo os sonhos que a vontade não foi capaz de sustentar ou aqueles que a vontade desencontrou com a oportunidade e também se perderam. E vou seguindo buscando compreender quanta força de vontade a vontade precisa ter para vencer.
E acontece assim:  nessa visão sou catadora de sonhos, dos sonhos deixados pelos caminhos da vida. Recolho com a urgência do risco de vida, buscando devolver aos seus sonhadores.
Mas se de fato fosse eu essa resgatadora de sonhos, ajudadora do sucesso alheio, assim realizaria também um sonho meu. É tanta pretensão, mas é só uma visão. E no interior uma vontade imensa de ser útil. Afinal somos o que fazemos, falar não basta.

Mas pode ainda haver outras explicações, é que, querer abraçar as necessidades e carências do mundo é também uma forma de revelar as minhas e revelando-as, revelo-me  e me conheço um pouco mais, e isso é sempre positivo, não?



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