anuncia tua magnífica aparição
um espetáculo cotidiano desejado
Como um sol adentras
a aquecer a casa úmida
então me ergues
Pois curvada de ausência te esperava
O
Em um quintal árido, vejo a estiagem da esperança. Brincam crianças, dança o vento, revirando folhas secas. Espiam a vida, alheias em brincadeiras, indiferentes ao próprio sofrimento, infância em abandono, sem pátria ou bandeira. Um fio entre o futuro e o limite do muro.
O
O
O
Enquanto se faz o circo e as barrigas roncam vazias, a zombaria corre solta. A sobrevivência em luta severa, deixa em profunda espera a luz tardia da libertação. Quando a razão ganhar voz e isso há de ser breve, e se erguer a nação à angústia do excluído e o clamor do aflito, será nossa bandeira o cessar de conflitos. Então bradará uma geração: - Chega de circo e pão! Eu quero minha nação em busca de muito mais, um povo que se agiganta em consciente soberania. Exposta a intolerante tirania escrever de próprio punho um novo rumo pra sua história e fazer valer com sucesso cicatrizado em memória: -“ Ordem e Progresso."
O
O
0
Debruçada sobre tuas ânsias, minha mente segue as instâncias dos teus processos, protestos e diagnósticos do teu eu reverso. Espero e velo que ao mergulhar nas profundezas da tua alma aflita, meu eu desvie dos teus termos, dos teus males - mal resolvidos amores e arranque das tuas entranhas o teu ermo sulfuroso e estanque o mal das tuas dores - incontidos dissabores. Assim contenha a tristeza que pare diariamente a tua morte precoce, o teu aborto emocional . Para que a lucidez que lhe resta, te seja por sementeira para a longa jornada nesta terra derradeira onde tuas angústias em negras nuvens, arrastadas em rajadas ventanias, como a luz da aurora desfaça as trevas da tua existência. E em tua amarga história que confunde a melodia das tuas rimas frias e da tua voz balbuciante reflita em tua longa trajetória e introspecto derrame teus lamentos em infame lama dando fim a tuas queixas. Para que enfim te ponhas resoluto, retira a dor dos teus olhos pleiteia outras causas, para se moldar e forjar favorável entre dores e lágrimas tua nobre alma, branda e inabalável.
o
o